sábado, 3 de setembro de 2011

Fundamentos da educação especial_ Deficiência Auditiva e Surdez_UAPI_UFPI_INHUMA-PI__

UAB / UFPI
CURSO: LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL








DEFICIÊNCIA AUDITIVA E SURDEZ




Componentes:
Adriana Mendes
Ana Flávia
Eva Doraci
Luciana Cruz
Maria Aparecida
Noeme Silva
Sandra Holanda
Simone
Tamires
Valdene Lopes






INHUMA – PI, SETEMBRO DE 2011.
Introdução

Faremos uma reflexão sobre as particularidades das pessoas com necessidades educacionais especiais com o objetivo de divulgar informações consideradas essenciais na efetivação da inclusão escolar desses sujeitos.
Como sabemos as NEE é o termo necessidades educacionais especiais e refere-se ao aluno que apresenta algum problema de aprendizagem ao longo de sua escolarização. A escola inclusiva deve focalizar o ensino, o trabalho pedagógico em vez da deficiência.
As NEE é bastante ampla e refere-se a um grupo bastante diversificado de pessoas. Com a intenção de tornar mais didática nossa exposição, optamos por discutir as particularidades de sujeitos com algumas necessidades educacionais especiais- NEE em particular a Deficiência Auditiva e Surdez, que integram o grupo das chamadas deficiências sensoriais.
Os portadores de Deficiência Auditiva e Surdez possuem característica diferentes, pois a deficiência auditiva refere-se a uma diminuição na capacidade de ouvir de uma pessoa. Dentre as suas diferentes classificações tem o período de aquisição que pode ser congênita ou adquirida.
.
• Congênita: pré–lingual
• Adquirida: pré-lingual e pós-lingual

Causas da surdez
Doc. Saberes e Prática da Inclusão (MEC, 2005 pg 15) Etiologia
• *Pré-natais (rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, raio-x)
• *Perinatais (Icterícia, parto prematuro, anóxia cerebral, trauma de parto)
• *Pós- natais (meningite, caxumba, sarampo).

Classificação I - Localização da lesão

a) Condutiva: Ouvido externo: orelha e canal auditivo, tímpano. Ouvido médio: martelo, bigorna, estribo e a abertura da tuba auditiva.

b) Neurosensorial: Ouvido interno: labirinto, é formado pelo aparelho vestibular (equilíbrio) e cóclea (audição).

c) Mista: Ouvido externo: orelha e canal auditivo, tímpano.
Ouvido médio: martelo, bigorna, estribo e a abertura da tuba auditiva.
Ouvido interno: labirinto, é formado pelo aparelho vestibular (equilíbrio) e cóclea (audição).

d) Central: Ouvido interno: labirinto, é formado pelo aparelho vestibular (equilíbrio) e cóclea (audição).

Grau de comprometimento
Divergências em relação a essa Classificação é medida com um aparelho chamado audiômetro, e a intensidade sonora é o decibel (dB).



Classificação Brasil (2005) Classificação Brasil (2008)

Leve (16 a 40 dB)
Moderara (41 a 55 bB)
Acentuada (56 a 70 bB)
Severa (71 a 90 bB)
Profunda (acima de 91 bB)
Leve (20 a 40 dB)
Moderara (01 a 70 bB)
Grave (70 a 90 bB)
Profunda (acima de 91 bB)




 Deficiência no desenvolvimento infantil
A surdez compromete o desenvolvimento dos processos psicológicos e cria barreiras significativas no processo de comunicação.
 Obstáculos e Preconceitos
Essas pessoas enfrentam na sociedade e na escola, por consequência de informações distorcidas e atitudes equivocadas em relação a essa deficiência, de tal modo, que, às vezes, confunde-se deficiência auditiva com a deficiência mental e as pessoas referem-se aos surdos como “mudos” ou “surdos-mudos”. Essas pessoas portadoras de deficiência auditiva ou surdez enfrentam muitas barreiras, principalmente na educação escolar. Sendo que muitos pais são contra a inclusão, alegando que o contato com os iguais é fundamental para a construção e o fortalecimento de uma cultura e uma identidade surda.

O Oralismo, comunicação total e bilinguismo são tendências subjacentes á educação das pessoas com surdez.
I. O oralismo consiste em ensinar a língua da comunidade ouvinte na modalidade oral ás pessoas com surdez.
II. A comunicação total utiliza todos os recursos possíveis para a comunicação.
III. Bilíngismo visa a capacitação da pessoa com surdez para a utilização de duas línguas: a de sinais e a da comunidade ouvinte.

Decreto 5.626/05-2005
Para os alunos com surdez a LIBRAS é a primeira língua e a segunda é Língua Portuguesa. No art. 9º da Lei 10436 de 24 de abril de 2002, fica estabelecido que LIBRAS será inseridas nas disciplinas educação especial, Fonoaudiologia, Pedagogia e Letras, porém atualmente as entidades já estão aderindo a Libras a todas as disciplinas.

AEE – Três momentos didático pedagógico
O atendimento Educacional Especializado para alunos com surdez envolve três momentos didático-pedagógicos.
O atendimento Educacional especializado em Libras para os alunos com surdez é realizado diariamente na classe comum, por um professor surdo

 Primeiro momento : consiste na explicação de todos os conhecimentos dos diferentes conteúdos curriculares em Libras por um professor, preferencialmente surdo.
 Segundo momento: consiste no ensino de Libras na escola comum para os alunos com surdez, objetivando o conhecimento e a aquisição de termos científicos, principalmente.
 Terceiro momento: é destinado ao ensino da Língua Portuguesa para os alunos com surdez.
nas escolas são voltadas para os
alunos ouvintes e os alunos surdos terminam atribuindo a si próprio e à sua
condição de surdez, as dificuldades que enfrentam para o domínio da leitura e da escrita.

Pesquisa de campo

Para a realização deste seminário e para o aperfeiçoamento e mais aprofundamento no assunto abordado foi investigado entidade que trabalha com a inclusão social, não só alunos portadores de deficiência auditiva, mas também portadores de NEE como Síndrome de Down, Deficiência visual e Deficiência múltipla. Para isso o grupo 2 fez um questionário com 12 questões. Questionário este que foi respondido pela diretora do colégio João Amilton Ferreira – Inhuma - PI, a srª Francisca das Chagas Gonçalves de Oliveira Rufino e pela professora capacitada para dar aula na sala de AEE, a srª Lia Raquel. Essa visita foi feita em dois dias: no primeiro dia o grupo participou das aula regular, conversando com alunos sobre a interação deles com os alunos portadores de NEE. No segundo dia foi-se assistir a aula na sala de AEE, onde todos poderam conversar, perguntar, interagir com a professora e o aluno, já que o Estado exige que só um aluno seja atendido por vez (uma hora e meia para cada aluno ). Na escola só atende dois alunos portadores de deficiência auditiva. Sendo um com somente deficiência auditiva que era o foco da pesquisa em questão.



QUESTIONÁRIO

1 – Quais as NEE que a escola trabalha?
Na escola contém 8 alunos sendo:
 Deficiência auditiva - 2 alunos ( um aluno na 6ª série e outro na 2ª série)
 Síndrome de Down – 2 alunos
 Deficiência visual - 1 aluno
 Deficiência múltipla - 3 alunos

2 – Em que ano a escola foi contemplada com o AEE (Atendimento Educacional Especializado)?
Em 2008. Mas só em julho de 2010 teve início o funcionamento da sala.

3 – Como esses alunos são distribuídos nas turmas de ensino regular e como os professores trabalham com esses alunos?

Os alunos assistem aula normal junto com a turma de ensino regular. Os professores trabalham juntos, em parceria.

4 – Quantos alunos são inseridos nesta sala e qual é a faixa etária?
Esta sala só pode atender 20 alunos e não existe idade certa. Podendo ser atendido por tempo indeterminado ou até quando o portador achar necessário. A única exigência é que o mesmo esteja estudando mesmo que seja em outra escola.

5 – Como funciona a sala de recursos de AEE?
O estado exige 20 horas, que o atendimento seja diariamente, individual, por 1 hora e meia para cada aluno.

6 – Quantos professores são preparados para lidar com esse alunado em questão?

Apenas duas professoras ( Lia Raquel e Maria Inês – Nuquinha) com capacitação para atender os alunos.

7 – Houve capacitação? Qual e quantos participaram?
Sim. Os professores tiveram 15 dias de treinamento em Teresina e esse treinamento foi para atender todo tipo de diferença.

8 – Os alunos com NEE gostam da educação inclusiva? Por quê?
Sim. Porque gostam de conviver com os colegas, se sentir igual a todos, interagir e de participar de todos os eventos.

9 – Esses alunos sentem dificuldade referente ao aprendizado? Se sim, porquê?
Sentem dificuldades, pois não conseguem acompanhar com a agilidade que os outros alunos possuem.

10 – A forma de avaliação das provas desses alunos é diferenciada?
A prova aplicada é a mesma para todos, só que na hora de avaliar é levado em conta as habilidades/capacidades dos alunos com NEE.

11 – O que os alunos do ensino regular acham da inclusão dos alunos com NEE? Notam que há diferença no aprendizado entre os alunos?

Gostam da inclusão. Sim, mas respeitam, são solidários e até ajuda-os nas tarefas.

12 – A sala de AEE recebe recursos para a manutenção da mesma?

Não recebe recursos para a sustentabilidade dos gastos em prol da manutenção; é sustentado com recurso do próprio colégio, ou seja, o colégio recebe 350,00 de verba e o mesmo arca com as despesas da sala da AEE.

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